domingo, 19 de setembro de 2010

Como fugir sem deixar rastros...

Pegue suas roupas e vista em seus fantasmas
Rogue para que os deuses deles sejam tão inventivos
ou meramente vingativos
E sonhe que respostas ao ignóbil de respostas e relatos
possam confortar almas perdidas como a sua

ou como as suas
ou a sua
na sua cegueira de em vão querer não ter uma.

Após tempestades

Dizem que depois de tempestades vêm as bonanças. Afinal, o que é isso? Algo bom, um estado de estagnação em que o bom e o útil são sinais e respostas para tudo? A tempestade para nossos anseis não é resposta, tampouco adágio de uma canção que nos console. O que deveríamos dizer e sentir, então? E por que tais perguntas necessárias? A tempestade vem, a bonança, a malquerença, a desavença, a errância... O que queria ao dizer isso? Ventos tépidos e lúgubres me envoltam agora, e como se neles acreditasse amizades e creditasse meus débitos de afetos mal-recebidos e mal-pagos, ouso dizer que:

Lemos tudo e continuamos os mesmos
Não queremos pular nem desandar nem romper
Não somos outros
Nem remendamos os poucos em que não acreditamos mais


Que não ousem nos dar amém como resposta...