segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Encruzilhada


Calma, isto não é um despacho, nem nunca há de ser. Não sou afeito nem feito para isso, apesar dos desafetos... Amigos, todos estamos passando por encruzilhadas e tomadas decisões. Só querer cruzar, não pedimos lá estar. Várias, múltiplas, sempre, lá, no meio, com ou sem pedras, dentre ou pelos espinhos. E o Eric Clapton, que ainda mais me encantou e cativou com sua autobiografia pungente e estonteante (recomendo! lê-se em uma tarde despreocupada), me traz sempre, para apaziguar a sedação da rotina ou apascentar os prados de meus rebanhos em desalinho na estampa da vida, a versão, que eu, mero apreciador (qual, qual, quem sou eu) de sua música e de sua vigorosa versão do blues de Robert Johnson (1911-1938, nesta canção de 1936), ouço e treslouco arrepiado, simplesmente porque, quando o Eric, no Cream (um dos primeiros power trios da história da música contemporânea), reinventou esta música, ele sabia o que estava fazendo, e eu, este ou aquele ali, ainda não sei -sabe- real ou totalmente, tanto que apelo a Crossroads para me ajudar...
(Créditos da foto: Paris ao crepúsculo, Place de la Concorde, dezembro de 2008)

CROSSROADS
by Robert Johnson

I went down to the crossroads, fell down on my knees.
I went down to the crossroads, fell down on my knees.
Asked the Lord above for mercy, "Save me if you please."

I went down to the crossroads, tried to flag a ride.
I went down to the crossroads, tried to flag a ride.
Nobody seemed to know me, everybody passed me by.

I'm going down to Rosedale, take my rider by my side.
I'm going down to Rosedale, take my rider by my side.
You can still barrelhouse, baby, on the riverside.

You can run, you can run, tell my friend-boy Willie Brown.
You can run, you can run, tell my friend-boy Willie Brown.
And I'm standing at the crossroads, believe I'm sinking down.

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